terça-feira, 9 de outubro de 2012

Semana de redesigns 2: Demolidor


Direto ao ponto. Em parte porque não tenho nenhum esboço mais elegante para fazer uma prévia. Esse redesign nasceu e cresceu bem rápido, e seja dita a verdade, não é muito radical. Mas algumas idéias envolvendo o personagem são.

O Demolidor tem duas encarnações bem distintas. A primeira usava um uniforme amarelo e preto bem chamativo e era um super bem básico com a diferença de ser cego. Ai veio Frank Miller.

Eu confesso que não gosto dele. Mesmo com todas as coisas que ele fez salvo basicamente Cavaleiro das Trevas e Sin City com ressalvas.  A fase do Demolidor, e mais, a remodelagem da personagem também é boa e marcante, mas me cansa ver que tudo que o Sr.Frank toca fica escuro e sério. As personagens monologam filosofia de boteco e são noir. No fim ele conta sempre a mesma história. Mas não posso negar que o Demolidor não seria quem é se não fosse pela passagem dele pela revista. Então me senti na obrigação de dar vazão a esse Demolidor sombrio e metido a Batman dos pobres que temos hoje. Inicialmente ia fazer um demolidor baseado apenas no original.

Sendo assim fiz dois design dele, um para cada fase. E dei a minha versão, a grosso modo do seu desenvolvimento.

O primeiro retrata Murdock ainda jovem, talvez ainda como estudante de Direito. Ele é idealista e a leveza impera. Mesmo já centrado na Cozinha do Inferno ele acredita que pode melhorar o bairro e tirar o melhor de todos. Ele é "garoto". Esse arco narraria o desenvolvimento dele como vigilante e como, lentamente, a dureza das ruas iria penetrando nele. Ela aconteceria nos anos 70 e a Cozinho do Inferno teria uma cara meio de Detroit . Suja, maltrapilha. A referência visual é Taxi Driver. As ruas são podres, mas ainda não tão podres.

Ele lutaria primariamente savate para linkar com o boxe do pai mas adicionando velocidade e agilidade. Junta uma tônica mais parkour na sua movimentação. Eu estaria jogando fora toda a baboseira ninja. Por mais marcante que tenha sido acho ela fora de lugar. Ele é um personagem urbano. E cá entre nós, já temos ninjas demais. Os poderes continuam os mesmos. Ele só fica menos exagerado. Por mim ele mal deveria confrontar outros fantasiados.

Na roupa eu mantive o amarelo mas tirei o preto e já lancei o vermelho para fazer a transição melhor. Ele usa o "D" duplo que acho mais charmoso que o "D" singular, isso vai fazer mais sentido em comparação com o segundo uniforme. Um calção com cara de calção de boxe e uma camiseta e calça justa meio spandex. Tênis de cano alto. Ele é um super de baixo orçamento. E eu quase nunca consigo botar a galera de colante mesmo. Faixas de luta nas mãos. Ele é um lutador e bem que o pai dele podia lutar boxe ilegal sem luvas para ficar menos limpinho. O negocio é dar soco na galera. Luva de pelica não corresponde. A mascara não tem olhos e vai por cima da camisa. Acho bacana. Não tem muita explicação além dele ser cego e me agradar esteticamente.

Fase dois. Murdock atual. Mais pesado e taciturno, já confrontando o Rei do Crime. Anos 80. Filmes de mafioso e ação como referência no visualidade. Por mais que ele ainda se foque na Cozinha do Inferno agora ele trabalha por toda a cidade. Ele quer derrubar o crime organizado no seu bairro mas para isso tem que expandir seus horizontes. É uma cruzada de um homem só, de dia como advogado, a noite como vigilante.

Seu estilo de luta mudou ligeiramente. Agora ele usa os bastões "bengala", só que como cassetetes de metal. Agora ele é mais brutal, em vez do Savate o foco é Krav Maga. Mais rola de tudo um pouco. As lutas são mais grosseiras, como os filmes de lutar que tem rolado na Asia de um tempo pra cá (Ong Back e The Raid Redemption como exemplos que ví)

Esse uniforme tem pouca invenção. O calção fiz pensando em MMA. Os braços nús e as faixas mais toscas são, como no caso do Wolverine Ninja que fiz, para deixar mais áspero e mais ainda reforçar que ele é um lutador, um "brawler" na falta de uma palavra em português, não dá para ser isso de manga comprida. Sai o tênis entra o coturno. Nas pernas, "porta-bastões". A mascara segue sem olhos e agora é emendada na camisa. O "D" singular por ser mais seco e menos estiloso. Quase fiz sem "D" nenhum, mas terminei optando por deixar.

Para fechar a arte só na tinta. Serve também para ver ele sem o "D" que apliquei em vetor depois.


Amanhã, Poderosa!

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